domingo, 4 de outubro de 2015

Em tudo, sempre, Poesia


   Em tudo, sempre, Poesia



    Jamais me recusei
    queria sim aprender
    fazer vibrar em minha vida as mesmas notas
    dos pássaros que ouvia em seus ensaios
    sob as árvores em que [tempo havia]
    descansei

    jamais me recusei
    nunca mesmo pensei em não me dar
    doei-me como pude
    estratégias, confesso
    não as tinha
    não era uma mulher de estratagemas

    palavras sim
    palavras sempre usei
    palavras são sempre sentimento e poesia 
    e para mim era tão natural ser poesia
    que a incorporei

    na mente
    no corpo
    nos vincos da alma 
    fiz dela o elo elemental
    entre meu ser 

    e a Vida



    Eliana Mora, 1982
    Resgatado e reescrito em 13/07/2010

3 comentários:

Art'palavra disse...

...e sendo assim, vida/poesia, que os deuses todos iluminem a sua trajetória poética. Abraços, sempre, Graça Graúna

Eliana Mora [El] disse...

Para ti, sempre, meu carinho, Graça Graúna! Beijos e abraços, sempre com Poesia!

Emmanuel Almeida disse...

E há sempre este prazer em te ler!

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