sábado, 2 de março de 2013
O branco do Céu e a dimensão da Loucura
O branco do céu e a dimensão da loucura
O cinza e seus pincéis tonalizados
retiram cor do céu
cobrem-no de nada
escancaram nossas lentes de contato
e ao se grudar na linha imaginária de algum pensamento
tentam desfazer os nós dos seus segredos
brancos
negros
sons medievais se defrontam com o branco dos enredos
um sem fim de personagens mortos
semi-mortos vivos
a se esbarrar pelos caminhos derradeiros
eivados de vazios
como ervas cujo odor é de outros dias
séculos
gentios
onde aqueles céus de antigamente?
chãos em que os sonhos esbarram nos desejos
marcas dos meus pés que não sofriam
na boca um néctar sabe a flor vermelha
onde, onde o gosto da vida, do mel
e da roseira
dias cinzentos e lâminas vadias vão e vêm
sobrevivem séculos
milênios
cantam e dançam a encher de águas nossos linimentos
sede e fome a consagrar-se ao cinza
[e seus tormentos
vácuos, deslizes e aventuras
quando,
quando hão de se abrir de novo nossas armaduras
ao sabor do vento
de uma leve escolha
de um novo amor
da dança, do prazer
e da loucura?
©Eliana Mora, 07/03/2011
Dedicada a José Saramago
Verna Bice, painter
Ainda não sabemos
Ainda não sabemos As linhas de seda de azuis bem claros a enredar-se pelos cantos das agulhas ...
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A força de uma luz só tua Não se desespere. Ali adiante sempre pode haver um viço um outro sorriso um pente que toca vogais Não fique ...
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