K y r i e
As vias do meu corpo
dutos esvaziados de emoção
choram
onde?
onde todos os anéis do meu saturno?
onde as reverências
referências às mais belas áre(i)as do meu corpo
onde a pátria de mim?
em que porto fui parar se ainda quero tanto
os dons da minha pena
quero dizer à minha alma plena
[muito cedo órfã dos abraços
que me sei
tanto sei
que aqui estou a ser poesia no pranto de Mozart
e em todos os que vêm do limo
[até do limbo
lugares onde brancos lírios muitas vezes
brotam
e saem
aos gritos de Kyrie
a negar piedade aos meus destroços
Vida
à vida de mim!
[seja assim]
Eliana Mora, 20/02/2010
domingo, 23 de dezembro de 2012
Verna Bice, painter
Ainda não sabemos
Ainda não sabemos As linhas de seda de azuis bem claros a enredar-se pelos cantos das agulhas ...
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Ainda não sabemos As linhas de seda de azuis bem claros a enredar-se pelos cantos das agulhas ...
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