segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ode sem tempo se sem rascunho a Mozart

 
       
Ode sem tempo se sem rascunho a Mozart
 
 
 
Em tuas notas penduro-me
qual nuvem sustenida
deito-meem tuas mãos
de dedos desenhistas de milagres
 
Silencioso gênio
vida fraturada
noites dedilhadas em jogo estranho:
quase tudo ou quase nada
lírica derrota em fartos ganhos
ó doce poeta dos bemóis e lacrimosas
páginas
 
Receba a nuvem que se vai a te encontrar
em estado líquido, gasoso
temeroso
o que escolheres
pois daqui sai
tal qual um míssil que não há
rumo ao teu canto de Céu
[onde deitará]
 
E no doce murmúrio das sonoras
passarinhadas pautas do teu Réquiem
para sempre
ficará 
 
 
 
Eliana Mora, 26 de maio de 2002
Para um momento especial ao som do Réquiem, de Mozart

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