Recado a Da Vinci
O meu desejo
é que um par de mãos em concha
venha pousar em cada andar
desse meu corpo
como se fosse teto
ou afresco de capela
no mesmo tom de argamassa
e aquarela
E se não pode ser Da Vinci
a me tocar
que venha artista, aventureiro
um deus [um anjo]
retire o véu
que fecha e cobre cada andar
e faça Luz o que restou
do meu altar
Sorriso, réquiem
solo, missa
um áureo manto
que pousa, vibra
entorna
eterno e belo
.
.
c a n t o
Eliana Mora, 18 de junho de 1999
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