quarta-feira, 17 de junho de 2015

De/mentes, gaiolas e pássaros antigos


De/mentes, gaiolas e pássaros antigos



saber da tua quase companhia
a luta por tirar do dia-a-dia as marcas da tua tatuagem
que não
não saem nunca

a mente a embarcar no som de volta
à ilha do passado
um barco já sem mar, sem fantasia
o medo de atracar
do isolamento
medo de ficar estagnada em mais algum
tormento

pensamento - pássaro
volta para mim
gaiola não terás, mas cuidarei de ti como jamais
                     [alimento da alma

viva ainda estou
para que possa apascentar enfim 
meu pequenino gado
e repousar em meio a flores  


[num deitar de sol]




Eliana Mora, outubro/2011

3 comentários:

tecido de vozes disse...

...um poema encantador. Parabéns.

Eliana Mora [El] disse...

Obrigada,,,um beijo, Graça!

Eliana Mora [El] disse...

Obrigada,,,um beijo, Graça!

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